Os dois principais sindicatos de trabalhadores da Espanha confirmaram ontem a convocação de uma greve geral para o próximo dia 14 de novembro. A convocatória foi aprovada mais cedo em assembleia, por unanimidade.

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“O Comitê Confederal extraordinário aprovou por unanimidade a convocação de greve geral para o dia 14 de novembro, que faz parte da Jornada de Ação e Solidariedade Europeia, acordada pela Confederação Europeia de Sindicatos”, disse, em comunicado, a União Geral do Trabalhadores (UGT). Já a Confederaçã oSindical de Comissões Trabalhistas (CCOO) informou pela imprensa ter tomado uma decisão no mesmo sentido.

Fernando Lezcano, porta-voz da CCOO, disse que a greve é “contra as políticas de austeridade que se mostraram um fracasso”. Segundo ele, “estão acabando com a educação e com a saúde. Os jovens estão abandonados à própria sorte. Quanto mais querem que nós esperemos? A greve é uma solução quando não há outra saída.”

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, afirmou ontem que uma greve geral não ajudará a melhorar a imagem da Espanha no exterior, nem resolverá os problemas econômicos do país.

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Em entrevista coletiva após participar da reunião do Conselho Europeu, Rajoy reconheceu que os sindicatos estão em seu direito de convocar uma greve geral, mas lamentou que se trate da segunda vez que um protesto desse tipo será feito em seu governo, que está há menos de um ano no poder.

Preocupações

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O premiê admitiu que está preocupado com o mal-estar social gerado pelas decisões federais e afirmou que é muito difícil ter de adotar medidas econômicas e fiscais que, às vezes, desagradam “os próprios responsáveis pelos ministérios.”

“Fazemos isso porque é preciso fazê-lo e para que, com isso, as bases da recuperação econômica sejam lançadas”, insistiu Rajoy. Ele ressaltou que o país não podia continuar em uma situação que o levou, em 2011, a gastar 90 bilhões de euros (R$ 237,9 bilhões) a mais do que teve como receita.

Rajoy acrescentou que o grosso das medidas adotadas para corrigir o deficit já foram adotadas e que elas surtirão efeito durante os dois próximos anos.