Faltando dez dias para deixar a Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encerrou seu discurso de despedida nesta noite em Chicago com a clássica frase que marcou sua primeira campanha eleitoral: “Sim, nós podemos”. O dirigente ainda complementou com a frase “sim, nós fizemos” para falar dos avanços que ocorreram na maior economia dos mundo nos últimos 8 anos.
“Em dez dias, o mundo testemunhará uma marca distintiva de nossa democracia: a transferência pacífica do poder de um presidente livremente eleito para o próximo”, afirmou Obama, referindo-se a Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20.
Ao fazer um balanço de seu governo, Obama disse que conseguiu reverter a recessão gerada pela crise mundial de 2008, recuperar a indústria automobilística dos EUA, abrir um novo capítulo no relacionamento de Washington com Cuba e encerrar o programa nuclear do Irã sem disparar um tiro.
Ao mesmo tempo, Obama reconheceu que o progresso nos EUA tem sido desigual. “O trabalho da democracia sempre foi duro, contencioso e às vezes sangrento. Para cada dois passos para frente, muitas vezes parece que damos um passo para trás”, disse. Obama completou dizendo que os EUA continuam sendo a nação mais rica, poderosa e respeitada do mundo.
O presidente ressaltou na parte final do discurso que deixa a Casa Branca ainda mais otimista com as perspectivas para os EUA do que quando ganhou nas urnas. O democrata ressaltou ainda o papel dos imigrantes na história do país, mais uma alfinetada em Donald Trump, que planeja deportar milhões de imigrantes ilegais.
“A América não foi enfraquecida pela presença desses recém-chegados. Eles abraçaram o credo desta nação, e ela foi fortalecida”, disse Obama ao comentar a entrada de imigrantes no país. (Altamiro Silva Junior, correspondente – altamiro.junior@estadao.com)