A Coréia do Sul informou nesta segunda-feira (13) que planeja expandir a cooperação com a Coréia do Norte, após a decisão dos Estados Unidos de retirarem Pyongyang de uma lista de nações envolvidas com o terrorismo. Porém conservadores sul-coreanos foram às ruas para reclamar da decisão de Washington. A decisão norte-americana foi anunciada no sábado. O governo norte-coreano saudou a medida, afirmando que retomaria o desmantelamento de sua principal instalação nuclear, de modo a permitir inspeções internacionais no local.
Um porta-voz do Ministério da Reunificação sul-coreano, Kim Ho-nyeon, disse que o país estuda “ajustar” vários projetos bilaterais. Entre eles estaria o auxílio com alimentos ao empobrecido vizinho do norte. Ele não deu mais detalhes, mas seu escritório explicou que a idéia é fomentar projetos entre as Coréias no setor econômico, além do auxílio humanitário.
Os conservadores sul-coreanos não estavam contentes com a decisão norte-americana. Perto de 70 manifestantes realizaram um protesto perto da embaixada dos EUA em Seul. Eles tentaram queimar imagens do líder norte-coreano Kim Jong Il, o que gerou uma breve confusão com a polícia. O líder do protesto, Park Chan-sung, disse que havia descontentamento pois os EUA retiraram o país da lista de terroristas antes de Pyongyang desmantelar seu programa nuclear. O popular jornal Dong-a Ilbo qualificou a decisão como “difícil de aceitar”.
Ao retirar a Coréia do Norte da lista no sábado, Washington afirmou que o país concordou com todas as demandas internacionais envolvendo inspeções. Com isso também devem ser retomadas as negociações entre o país e EUA, China, Rússia, Japão e a Coréia do Sul, para que os norte-coreanos desistam de uma vez de seu programa nuclear em troca de um pacote de auxílio, inclusive no setor energético.
