A Coreia do Sul se prepara hoje para realizar um exercício militar, com jatos e tanques, perto da fronteira com a Coreia do Norte. Os militares sul-coreanos preparam uma movimentação programada para ocorrer 20 quilômetros ao sul da fronteira terrestre dos países. Devem estar envolvidos 800 soldados sul-coreanos nessa atividade. Exercícios similares já ocorreram várias vezes antes, mas este acontece em meio ao temor de haver um ataque norte-coreano.

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A Marinha sul-coreana começou hoje um exercício de disparos de quatro dias na costa leste, cem quilômetros ao sul da fronteira com a Coreia do Norte. Os militares disseram que iriam praticar respostas a ações de submarinos e barcos de patrulha norte-coreanos. Fuzileiros navais sul-coreanos também estavam posicionados para guardar uma árvore de Natal montada ontem, perto da fronteira. Há o temor de que o vizinho comunista possa atacar a árvore, alegando que é um símbolo de propaganda.

As tensões na península coreana estão em alta desde que a Coreia do Norte realizou um ataque no mês passado à ilha sul-coreana de Yeonpyeong, matando dois civis e dois militares. Pyongyang afirmou que reagiu a um ataque em suas águas territoriais. Seul confirmou a ocorrência de um exercício militar pouco antes do ataque, mas negou que tivesse atingido águas do vizinho. Na segunda-feira, Seul realizou um novo exercício militar em Yeonpyeong, mas Pyongyang não cumpriu suas ameaças anteriores de retaliação.

A Coreia do Norte aparentemente ofereceu concessões em seu programa nuclear durante uma visita nesta semana do governador do Novo México, Bill Richardson. Apesar disso, Seul e Washington demonstraram ceticismo, cobrando ações de Pyongyang. Os EUA afirmaram que a Coreia do Norte não está nem “remotamente preparada” para retomar o diálogo internacional sobre seu desarmamento nuclear. Na visita de Richardson, os norte-coreanos teriam dito que aceitariam novamente inspetores da ONU em suas instalações.

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Pyongyang se retirou do diálogo em abril do ano passado, expulsando os inspetores internacionais. As conversas envolviam as Coreias, os EUA, a Rússia, a China e o Japão. Um mês depois, a Coreia do Norte realizou seu segundo teste nuclear. As informações são da Dow Jones.