A Coréia do Sul negou nesta sexta-feira (19) a acusação dos norte-coreanos de que tenha contratado um agente para seguir o líder de Pyongyang, Kim Jong Il. A nação comunista sugeriu que se tratava de um plano para assassinar Kim. A agência de espionagem norte-coreana, o Ministério da Segurança do Estado, divulgou as acusações. O órgão disse ter detido recentemente um agente, supostamente treinado por Seul para coletar informações sobre Kim. A alegação ocorre em meio à piora das relações entre as Coréias, e também à especulação em torno da saúde de Kim, que teria sofrido um derrame e sido submetido a uma cirurgia cerebral, em agosto.
Um texto da agência estatal Korean Central News informou que o suposto plano da Coréia do Sul incluiria “veneno”. Também qualificou a ação do agente como “missão terrorista”, ordenada pela organização de inteligência sul-coreana. A agência nacional do serviço de inteligência de Seul negou as acusações. “Isso não tem nada a ver conosco”, afirmou um agente, sob condição de anonimato mas representando a posição oficial da agência.
A relação entre os países piorou neste mês, quando Pyongyang restringiu a circulação na fronteira dos países, expulsou alguns sul-coreanos e restringiu o turismo. Os países também discordam por causa do programa nuclear norte-coreano. A Coréia do Sul e outros países, entre eles os Estados Unidos, querem o fim do programa nuclear norte-coreano, em troca de um pacote de auxílio. É impossível confirmar as acusações norte-coreanas de espionagem. No passado, os dois Estados – que travaram uma guerra entre 1950 e 1953 – já espionaram um ao outro e também armaram planos para assassinar líderes do rival.
