Setor de energia está numa encruzilhada, diz analista

O correspondente da Revista The Economist Vijay Faitheeswaran disse que o setor de energia encontra-se hoje em um encruzilhada. De um lado está o uso ineficiente dos recursos de energia fóssil e, do outro, oportunidades de investimentos e realização de políticas em fontes de energia renovável. Segundo ele, a decisão sobre políticas e investimentos no setor, tomadas nos 10 anos seguintes, irão influenciar o mundo no próximo século.

O correspondente disse que existem três paradigmas importantes sobre esta questão, que são a relação da energia renovável com o meio ambiente, com a pobreza e com a geopolítica. Em relação à pobreza, ele disse que cerca de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo não têm acesso às redes de energia e que a introdução de fontes renováveis poderia alterar esse quadro.

Sobre poluição, o correspondente afirmou que as fontes renováveis são uma forma de evitar o aquecimento global. Quanto à geopolítica, Vijay salientou a crescente participação de novos investidores no mercado de energia, como a China, que vem demandando cada vez mais recursos.

Ele disse que se a China seguir o desenvolvimento econômico experimentado pelos Estados Unidos muitos planetas serão necessários para se produzir a energia necessária, já que a energia fóssil disponível hoje está concentrada em apenas cinco países (Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados árabes). "Seria arriscado apostar na obtenção de energia apenas desses países, por causa das tensões políticas existentes na região".

Ele alertou que o Brasil, que está guiando o mundo na busca de uma alternativa de matriz energética renovável, precisa se preparar para novas tecnologias, como o álcool de celulose. Segundo ele, se o País não se preparar, poderá perder o posto de líder e deixar de ser competitivo.

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