Capadócia

Sete brasileiros continuam internados na Turquia

Sete dos oito brasileiros feridos em um acidente de balão em Capadócia, na Turquia, na segunda-feira, permaneciam internados hoje, um dos quais em estado grave.

A colisão entre dois balões causou a queda de um deles, matando três turistas do Brasil, cujos corpos foram trasladados ontem para a capital, Ancara.

Ao Grupo Estado, a direção da Anatolian Balloons, empresa responsável pelo voo, acusou um concorrente de ter realizado uma manobra ilegal, provocando o choque fatal.

O acidente aconteceu por volta de 6h de segunda-feira, horário local, nas imediações do vilarejo histórico e turístico de Göreme, na província de Nevsehir, região central da Turquia.

De acordo com testemunhas, o balão no qual estavam os turistas brasileiros se chocou minutos após a decolagem com o cesto de outra aeronave.

Com seu “envelope” de lona furado, o balão caiu de uma altura de 300 metros. Nos últimos 50 metros, esvaziado, o tombo se acelerou e intensificou o impacto com a terra.

Três mulher morreram no acidente: Maria Luiza Gomes, de 71 anos, Marina Rosas, de 65, e Ellen Kopelman, de 76 anos, que faziam parte de um grupo de turistas em viagem pelo país. Seus corpos começaram a ser trasladados na tarde de hoje para Ancara, segundo a embaixada do Brasil na capital.

“Agora começa uma etapa burocrática, de emissões de certidões de óbito e autorizações de transferência”, explicou o secretário Roberto Alfaia, da embaixada. Segundo o diplomata, o tempo para a liberação dos corpos para o traslado ao Brasil depende do governo turco, mas também dos seguradores das vítimas.

Outros sete brasileiros continuam internados em hospitais da região, sendo um em estado grave. “Um dos turistas ainda corre risco”, explicou Alfaia.

A vice-cônsul do Brasil em Ancara, Aline de Souza, acompanha os pacientes e auxilia as famílias na região e mantém contato com as autoridades locais.

Investigação

Enquanto o socorro aos feridos é realizado, a Direção Geral de Aviação Civil (DHGM) da Turquia abriu uma investigação sobre as causas do acidente. A embaixada do Brasil espera um relatório “em poucas semanas”.

Hoje, Mahmoud Ulluer, diretor e filho do proprietário da Anatolian Ballons, alegou ao Grupo Estado que o acidente foi causado por uma manobra irregular do segundo balonista envolvido no choque.

“O balão de uma outra companhia veio na direção do balão do nosso, acertando o envelope e causando um rasgo que o derrubou”, afirmou Ulluer.

Segundo o diretor, a aeronave da Anatolian Balloons não estaria em trajetória ascendente, como afirmado pelas agências de notícias, mas descendente no momento em que teria sido abalroado.

Ulluer também elogiou seu piloto, que teria mantido o controle do balão durante 250 metros de queda. “Nosso piloto é um herói. Ele fez tudo o que pôde até aterrissar, dando instruções de segurança para todos os passageiros”, garantiu.

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