Uma série de ataques ocorridos em todo o território iraquiano deixou pelo menos 55 mortos nesta quinta-feira. O alvo da maior parte dos ataques foram as forças de segurança, o que, segundo autoridades, mostra as “tentativas insanas” dos insurgentes de mostrar aos civis que seu país está condenado à violência nos próximos anos.
Os ataques, aparentemente coordenados, e os tiroteios duraram horas tanto na capital Bagdá – onde ocorreu a maioria das mortes – como em outras 11 cidades. Os alvos foram escritórios do governo e restaurantes, mas um deles na cidade de Musayyib, atingiu as proximidades de uma escola primária. Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas.
“O que está acontecendo hoje não são simples violações de segurança, é um grande fracasso de segurança e um desastre”, disse Ahmed al-Tamimi, que estava em seu trabalho, no Ministério da Educação, a um quarteirão de um restaurante que foi atacado no bairro xiita de Kazimiyah, norte da capital Bagdá.
“O que queremos saber é o que os milhares de policiais e soldados de Bagdá estão fazendo hoje enquanto os terroristas estão invadindo a cidade e espalhando a violência?”, questionou ele.
Os insurgentes têm realizado ataques de grande escala com intervalos de semanas desde que as últimas tropas norte-americanas deixaram em meados de dezembro, após quase nove anos de guerra.
O Ministério do Interior responsabilizou insurgentes da Al-Qaeda pela violência. “Estes ataques são parte de tentativas insanas dos grupos terroristas de mostrar que a situação de segurança no Iraque nunca mais será estável”, disse o Ministério em comunicado. “Estes ataques são parte dos esforços da Al-Qaeda de passar uma mensagem a seus partidários de que a Al-Qaeda ainda está operante dentro do Iraque e que tem a capacidade de lançar ataques dentro da capital ou em outras cidades.”
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques desta quinta-feira, mas as ações realizadas contra funcionários do setor de segurança é uma marca da Al-Qaeda. Esse tipo de violência atinge dois objetivos: reduz a confiança da população na capacidade de seus policiais e soldados de proteger os cidadãos e desencoraja as pessoas a fazerem parte ou a ajudar as forças de segurança. As informações são da Associated Press.