Muitas lojas, empresas de serviços e escolas ficaram fechadas, e as ruas desertas, hoje, na Caxemira indiana, quando separatistas que se opõem ao governo da Índia iniciaram uma greve de cinco dias, com manifestações contra o governo de Nova Délhi. A greve dos separatistas exclui a terça-feira, quando ocorre um feriado religioso islâmico, e o sábado, para permitir que os moradores comprem alimentos.

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Milhares de policiais e soldados paramilitares fizeram patrulhas nas ruas e pediram aos moradores que fiquem em casa, para evitar protestos. Durante as últimas seis semanas, a violência nas ruas – provocada pelas mortes de vários manifestantes, aparentemente mortos pelas forças de segurança, envolveu esse Estado majoritariamente muçulmano, onde a resistência à Índia, predominantemente de religião hindu, é grande.

Emboscada

Atiradores emboscaram hoje um jipe no noroeste da Índia, matando quatro soldados paramilitares e ferindo outros três, em um ataque no qual a polícia responsabilizou os rebeldes separatistas. A força paramilitar fazia uma patrulha nas florestas perto da fronteira com o Butão, quando sofreu o ataque no distrito de Chirang, no Estado de Assam, disse o inspetor-geral da polícia, Bhaskar Mahanta.

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Segundo ele, os agressores fugiram com as armas de alguns soldados. Mahanta afirma que investigações preliminares sugerem que os agressores são uma facção da Frente Democrática Nacional de Bodoland, um grupo insurgente que luta pela independência da Índia desde 1986.

O líder do movimento, Ranjan Daimary, foi entregue em maio às autoridades indianas pelo governo de Bangladesh. Ele está na prisão aguardando julgamento. A Frente Democrática Nacional é um dos grupos que lutam contra o governo indiano pela independência do Estado de Assam, que fica 1.600 quilômetros ao leste da capital, Nova Délhi.

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Os insurgentes dizem que o governo indiano explora as reservas naturais de Assam e pouco faz por sua população nativa, que etnicamente é mais próxima das populações vizinhas de Mianmar (antiga Birmânia) e da China.