O presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, disse hoje que o governo vai retomar a partir da meia-noite as bases militares mantidas pela França, ex-colonizador do país. A medida marca a celebração dos 50 anos de independência do Senegal.

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“Eu declaro solenemente que a zero hora do dia 4 de abril o Senegal retomará todas as bases limitares da França que eram mantidas no país e pretende exercer sua soberania”, disse Wade durante discurso à nação em rede nacional na rede de televisão pública.

Integração política

O presidente também defendeu a criação dos Estados Unidos da África, depois de inaugurar monumento controverso, que segundo ele é o marco para que o continente “levante voo”. “Chegou o tempo para a África decolar”, disse ele durante a inauguração de uma estátua de bronze maior que a Estátua da Liberdade.

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Em declaração para chefes de Estado de 19 nações africanas, Wade defendeu o continente a “explorar novos horizontes” e formar os “Estados Unidos da África”, no modelo de “grandes uniões” como os Estados Unidos e a União Europeia.

Apesar da resistência, por conta do estilo e dos custos, os líderes africanos consideram o monumento um símbolo da unidade africana. O ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, que cortou a fita de inauguração com as cores da bandeira senegalesa, disse que a estátua é um “monumento para os negros de todos os mundos”.

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Proposta há muito tempo discutida, a formação dos Estados Unidos da África está prevista para 2025, mas a habilidade de criar o bloco é questionada, por causa da pobreza e dos conflitos espalhados pelo continente. As informações são Dow Jones.