Um homem infectado pelo ebola viajou para o Senegal, tornando-se o primeiro caso registrado da doença no país. O atual surto da doença já matou mais de 1.500 pessoas.

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A pessoa infectada é um estudante universitário da Guiné que procurou tratamento nesta semana num hospital da capital senegalesa, Dacar, informou aos jornalistas a ministra da Saúde do Senegal, Awa Marie Coll Seck. O jovem disse ter tido contado com pacientes infectados pelo ebola na Guiné e foi imediatamente colocado em quarentena, afirmou ela.

Exames realizados pelo Instituto Pasteur confirmaram que o paciente realmente tem ebola e as autoridades notificaram a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A chegada da doença no Senegal, que é um destino turístico e cuja capital é um importante centro de operação de voos comerciais na região, mostra que o surto não está sob controle, apesar dos esforços da OMS, do Médicos Sem Fronteiras (MSF) e de outras organizações.

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Nesta sexta-feira, a OMS disse que a última semana foi o período em que foi registrado o maior número de casos – mais de 500 – desde o início do surto. Há sérios problemas com a gestão de casos e prevenção e controle de infecção”, diz relatório da organizçaão. “A situação está piorando na Libéria e em Serra Leoa”, países que não tem espaço suficiente nos centros de tratamento para acolher o enorme número de casos da doença, afirma o relatório.

Não estava claro como o jovem chegou ao Senegal, que fechou sua fronteira com a Guiné. Mas Sek disse que nesta semana uma equipe de vigilância epidemiológica da Guiné alertou as autoridades senegalesas de que haviam perdido a localização de uma pessoa que tivera contato com pessoas doentes. O grupo disse que esta pessoa poderia ter ido para o Senegal.

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O presidente MFS na França, Mego Terzian, disse que a OMS não está fazendo o suficiente para conter o surto. O MSF dirige muitos dos centros de tratamento de ebola nos países africanos. “A OMS não tem como lidar” com o surto, declarou Terzian à rádio France Inter. “Não vejo como, com as medidas tomadas atualmente, podemos controlar e interromper o surto.”

Ele pediu uma reação mais forte da comunidade internacional, dizendo que o Conselho de Segurança deveria tratar da questão. Ele também lembrou que há países com unidades médicas militares que poderiam ser muito úteis. Fonte: Associated Press.