Em mais uma tentativa do Partido Republicano de revogar partes do atual sistema de saúde dos Estados Unidos, o senador Lindsey Graham (Carolina do Sul) trabalha em um novo projeto de lei, a ser apresentado ainda esta semana, após o fracasso dos republicanos em obterem 50 votos para a aprovação de uma revogação e substituição parciais do Obamacare.
Graham e seu grupo de trabalho tentam escrever uma legislação, pouco antes do início do recesso do Senado, para que haja um consenso entre pelo menos 50 senadores republicanos. A proposta bloquearia a concessão de financiamento de saúde do governo federal aos Estados, mas manteria muito do regime tributário do Obamacare. Graham é um dos senadores mais ligados ao também republicano John McCain (Arizona), cujo voto pelo ‘não’ selou as chances do governo de Donald Trump de aprovar uma reforma no sistema de saúde na semana passada.
Com a intenção de atrair votos da ala conservadora do Partido Republicano, a Casa Branca convidou o deputado republicano Mark Meadows, presidente do grupo conservador Freedom Caucus, para a realização de um brainstorm sobre como alterar o sistema de saúde com a adesão de republicanos moderados e conservadores, segundo informações do site Politico.com. Enquanto uma proposta de reforma vigorava na Câmara dos Representantes, o Freedom Caucus foi originalmente contra, mas, com algumas alterações implementadas, votou a favor.
No sábado, o presidente Donald Trump utilizou seu perfil no Twitter para intensificar a pressão contra o partido a fim de que uma reforma seja votada e aprovada no Senado. Na mensagem, o bilionário ameaçou cortar pagamentos a seguradoras de saúde, para forçar que os republicanos começassem a elaborar um novo plano. Além disso, Trump disse, pela primeira vez, que estaria disposto a cortar alguns benefícios do plano de saúde dos congressistas, caso uma reforma não seja aprovada.