Senadores dos EUA criticam retorno às fronteiras de 1967

Senadores norte-americanos propuseram nesta quinta-feira (09) uma resolução opondo-se a qualquer retirada israelense para retornar às fronteiras de 1967 – um golpe simbólico contra os esforços do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para retomar as negociações de paz.

“É contra a política dos EUA e a segurança nacional fazer com que as fronteiras de Israel voltem ao que eram em 4 de junho de 1967”, dizia o texto, com introdução feita pelos senadores Orrin Hatch, republicano de Utah, e Joe Lieberman, independente de Connecticut.

A resolução, que tem o apoio de cerca de 30 senadores, inclusive democratas, diz que a política norte-americana está destinada a “apoiar e facilitar que Israel mantenha fronteiras defensáveis”.

No mês passado, o presidente Obama fez um raro discurso sobre a política de longa data de apoiar o Estado palestino com base nas fronteiras que precederam a Guerra dos Seis Dias, reconhecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com trocas de terras em acordo mútuo.

As declarações provocaram uma reprimenda pública do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante uma visita subsequente à Casa Branca. O governante israelense também ressaltou a natureza “indefensável” das fronteiras de 1967.

“As fronteiras que existiam em 4 de junho de 1967 colocaram Israel em uma situação militar precária que ameaçava a estabilidade regional”, disse Hatch numa declaração. “Essa resolução reafirma que a política dos EUA é apoiar e facilitar que Israel mantenha fronteiras seguras, reconhecidas e defensáveis.”

Israelenses e palestinos discordam nas negociações, que pararam pouco após serem retomadas em Washington em setembro de 2010, quando expirou um congelamento de obras em assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada.

Israel se recusou a renovar a paralisação e os palestinos insistem que não vão negociar enquanto os assentamentos estiverem sendo construídos e ampliados nas terras que eles desejam para seu futuro Estado.

Desde então, o presidente palestino Mahmoud Abbas disse que só volta às conversações se as fronteiras de 1967 forem usadas como base para um futuro acordo. As informações são da Associated Press.

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