A Procuradoria Geral da Colômbia anunciou hoje que “sancionou disciplinarmente” a senadora Piedad Córdoba e que ela foi cassada por 18 anos “por promover e colaborar” com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O advogado da política disse que recorrerá imediatamente da decisão.
O procurador geral, Alejandro Ordóñez, afirmou, em comunicado, que a investigação contra Córdoba “teve origem após a descoberta dos equipamentos eletrônicos apreendidos na Operação Fênix, na qual foi abatido Raúl Reyes”, em março de 2008, em território equatoriano.
Ordóñez afirma que nos e-mails trocados entre a senadora e as Farc, ela extrapolou sua função, que era usar a autoridade dada pelo governo colombiano para mediar a troca e libertação de reféns que estavam sob o poder dos guerrilheiros. Ele disse que a decisão judicial foi tomada com base em escutas telefônicas feitas a integrantes das Farc e também nas declarações de um infiltrado ucraniano, Viktor Tomnyuuk, que teve contatos com o comandante de um grupo das Farc.
Ciro Quiroz, advogado de Córdoba, disse que tentará impugnar a medida. Segundo ele, “a medida não tem apelação, ela tem recurso”, o que significa que o mesmo procurador geral poderá revisar a decisão de hoje. O congressista colombiano Iván Cepeda, amigo de Córdoba, disse que a decisão é “injusta”. Segundo ele, o procurador geral sempre mostrou hostilidade pública “aos trabalhos feitos pela senadora Córdoba”.