A senadora oposicionista Piedad Córdoba afirmou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertarão seis reféns no início de janeiro, revelou o jornal El Tiempo em seu site. Um comunicado dos rebeldes divulgado ontem sustentava apenas que as libertações ocorreriam “nos próximos dias”.

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Crítica ferrenha do presidente Álvaro Uribe, Piedad já negociou com as Farc anteriormente e disse que buscará a ajuda do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nesse processo. Na semana passada, Chávez se disse “às ordens” para auxiliar.

Entre os libertados estarão o ex-governador de Meta Alan Jara, o ex-deputado de Valle Sigifredo López, três policiais e um soldado, segundo o diário colombiano. Primeiro seriam liberados os policiais e o soldado, e posteriormente os políticos.

O governo Uribe mantinha até agora silêncio sobre o anúncio do fim de semana. Um porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Yves Heller, disse que a entidade mantinha um “diálogo confidencial” com as partes envolvidas e que como sempre “oferecemos nossos bons ofícios para facilitar” a saída dos reféns. “É uma boa notícia, qualquer liberação é algo positivo”, ressaltou Heller.

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O ex-enviado especial para contatos com as Farc Carlos Lozano se disse surpreso com o anúncio. Hoje diretor do semanário Voz, do Partido Comunista, Lozano notou que o grupo insistia anteriormente em uma troca de seqüestrados por guerrilheiros presos.

Lozano afirmou que o anúncio pode ter vários significados. Pode ser por exemplo um modo de desativar alguma unidade das Farc já debilitada, para atender os pedidos da senadora oposicionista ou mesmo dos ativistas.

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Claudia de Jara, mulher do ex-governador de Meta, disse que falou com Piedad por telefone, porém não tinha informações sobre quando seria a entrega dos reféns. Já Gustavo Moncayo, pai do cabo Pablo Moncayo, espera que seu filho, seqüestrado em 1997, esteja entre os liberados. “Esperamos que oxalá esse milagre se cumpra e para dezembro ou começo de janeiro ocorra a liberação”, disse o pai.