O líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, democrata Harry Reid, disse que o projeto de lei do setor de saúde que será votada na casa terá uma opção de seguro-saúde administrada pelo governo, em que os Estados poderão escolher não participar.
Reid disse aos repórteres que, sob a proposta, os Estados terão até 2014 para escolher “não participar” do plano público. O movimento lança dúvidas sobre se Reid será capaz de atrair qualquer apoio republicano para a proposta, ou se terá os 60 votos necessários para evitar uma obstrução.
Ele sugeriu que terá o apoio dos democratas para uma moção de procedimento que permita o Senado a prosseguir com a proposta. “Eu acredito que, claramente, teremos o apoio dos democratas para mover o projeto de lei e começar a legislar”, disse.
Reid tem mantido contatos sobre a legislação de saúde com o presidente do Comitê de Finanças do Senado, o democrata Max Baucus, o presidente do Comitê de Bancos do Senado, o democrata Christopher Dodd, e membros da Casa Branca. Embora os democratas dominem o Senado com 60 assentos, Reid tem enfrentado o desafio de elaborar um compromisso sobre a proposta que possa atrair o apoio dos liberais e moderados dentro do seu partido.
Em um comunicado, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o presidente Barack Obama estava “satisfeito” de que a proposta vai incluir uma opção pública. “Graças aos seus esforços, estamos mais perto do que nunca estivemos para resolver este problema de décadas”, disse Gibbs.
O líder da minoria no Senado, o republicano Mitch McConnell, em um comunicado criticou o projeto de lei, dizendo que o “núcleo da proposta é uma lei que o público americano claramente não gosta e não apoia”.
Os legisladores e grupos liberais comemoraram o anúncio de Reid. O senador democrata Jay Rockefeller, um fervoroso defensor de um plano público, disse por meio de um comunicado que está “gratificado em ver que o debate da opção pública está vivo e bem no Senado”. As informações são da Dow Jones.