Senado francês aprova proibição de burca e véu integral

O Senado francês aprovou hoje, por ampla maioria, a proibição do uso da burca, a vestimenta islâmica que cobre totalmente o corpo e o rosto da mulher, e também do véu integral, chamado niqab. Com isso, as muçulmanas do país não poderão utilizar a roupa nas ruas e em locais públicos. O Senado sancionou por 246 a 1 o projeto já aprovado na Câmara dos Deputados. Agora, foi aberto um prazo de dez dias para se impugnar a medida no Conselho Constitucional, mas se considera improvável que isso aconteça.

O islamismo é a segunda maior religião na França, porém a nova medida afeta poucas mulheres no país. Apesar disso, a lei causou polêmica e temores de que aumentem os casos de ódio contra os muçulmanos, em um país em que mesquitas e sinagogas são às vezes atacadas. Algumas mulheres muçulmanas afirmaram que pretendem seguir usando a vestimenta conservadora, apesar da lei, que deve ser firmada pelo presidente Nicolas Sarkozy. Para os partidários da norma, ela garante os valores seculares da França.

Há 5 milhões de muçulmanos na França, um país de 64 milhões de habitantes. O Ministério do Interior estima que apenas 1.900 mulheres no país se cobrem totalmente. Em junho de 2009, Sarkozy disse que as mulheres que se cobrem totalmente com o véu muçulmano “não são bem-vindas” na França. A lei prevê uma multa de US$ 185 ou aulas de civilização para qualquer mulher flagrada cobrindo totalmente a cabeça com o véu integral ou usando burca.

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