O Senado dos EUA bloqueou nesta quinta-feira, 21, vendas no valor de US$ 8,1 bilhões de armas e munição para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, em uma rara união bipartidária que frustrou a tentativa do governo de Donald Trump de abastecer com armamentos seus aliados no Oriente Médio por meio de uma declaração de emergência em relação ao Irã.

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Em três votações consecutivas, alguns senadores republicanos se uniram aos democratas e vetaram o uso do poder de emergência pelo governo. Segundo analistas, o voto contra a medida de Trump é um sinal de descontentamento dos parlamentares com a recorrência do uso de emergências por Trump.

Nesta quinta-feira, o Senado americano aprovou por 53 a 45 as resoluções que evitariam vendas no valor de US$ 8,1 bilhões anunciadas este ano. As medidas bloquearam 22 acordos separados de vendas para manutenção de aeronaves, munições de precisão e outras armas para a Arábia Saudita, Emirados Árabes e Jordânia.

Ainda nesta quinta, o governo britânico também anunciou que suspenderá a entrega à Arábia Saudita de novas licenças de armas que possam ser usadas no conflito no Iêmen, após uma decisão judicial que pediu ao Executivo que reconsiderasse suas práticas. A Arábia Saudita intervém militarmente no vizinho Iêmen desde 2015, liderando uma coalizão regional de apoio às forças pró-governo contra os rebeldes houthis, xiitas apoiados pelo Irã.

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O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos, a maioria civis, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 3,3 milhões de pessoas continuam refugiadas e 24,1 milhões (mais de dois terços da população) necessitam de assistência, segundo a ONU, que classifica a crise humanitária como a pior do mundo. Organizações de defesa dos direitos humanos denunciam a venda de armas por fabricantes estrangeiros como uma violação do direito humanitário internacional. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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