O Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos aprovou hoje um projeto de reforma do setor de saúde de US$ 829 bilhões. O projeto pretende trazer mais americanos para a cobertura do seguro saúde, por meio de um sistema de crédito tributário para pessoas de baixa e média renda.
Pela proposta, os indivíduos terão de comprar um seguro-saúde. O projeto também recebeu uma emenda no Comitê para reduzir as multas para aqueles que não comprarem um seguro e para adiar o ano no qual as multas passarão a vigorar.
O custo da proposta, estimado pelo Escritório de Orçamento do Congresso em US$ 829 bilhões, coloca o Comitê em linha com a Casa Branca, que prometeu manter o custo da legislação de reforma do setor de saúde abaixo de US$ 900 bilhões. Mas a proposta deixaria 25 milhões de americanos sem cobertura – 6% da população, excluindo imigrantes ilegais, de acordo com o CBO.
A proposta será financiada por uma série de medidas de corte de custos, US$ 130 bilhões em novas tarifas sobre vários setores médicos e um imposto sobre planos de seguro de elevado custo que gerariam US$ 201 bilhões em receita.
A proposta, produto de um processo de negociação que teve inúmeros inícios e paralisações desde o ano passado, recebeu apenas um voto republicano: o da senadora Olympia Snowe (Maine). O placar final da votação no Comitê foi de 14 votos a favor e 9 contra.
Como parte de um apelo para os senadores do centro, a proposta não inclui uma opção pública de plano de seguro-saúde, ao contrário de várias outras propostas aprovadas em outros Comitês da Câmara e do Senado neste ano.
O próximo passo no processo no Senado é unir a proposta do Comitê de Finanças e uma outra aprovada pelo Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões – também do Senado – em julho, com os encontros marcados para começar ainda nesta terça-feira. As informações são da Dow Jones.