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Senado dos EUA aprova acordo para financiar governo Trump até 8/fev por 81 a 18

Após três dias de negociação, o Senado dos Estados Unidos conseguiu a quantidade de votos necessária para aprovar uma medida de curto prazo que mantém o governo federal do país operando até 8 de fevereiro, deixando o caminho livre para que a paralisação da máquina pública, que teve início no sábado, tenha fim já nesta segunda-feira. Com 81 votos a favor e 18 contra, o projeto costurado pelos líderes democrata e republicano no Senado foi aprovado. Ao menos 60 votos favoráveis eram necessários.

A paralisação do governo dos EUA teve início à meia-noite de sábado em Washington (3h em Brasília), à medida que o Senado não conseguiu aprovar uma medida costurada pelo presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan (Wisconsin), que estendia o financiamento ao governo até 16 de fevereiro. Apesar do Senado ter avançado com o projeto, um nova votação na Câmara é necessária, mas Ryan garantiu que tem os votos necessários para uma aprovação.

A quebra do impasse para que o Senado aprovasse a nova medida veio dos líderes dos dois partidos. O democrata Chuck Schumer (Nova York) e o republicano Mitch McConnell (Kentucky) concordaram em dar fim à paralisação após chegarem a um acordo envolvendo o Daca, programa do ex-presidente Barack Obama que protege da deportação jovens imigrantes levados ilegalmente aos EUA quando crianças. Até o dia 8, o Senado deverá votar um projeto que prorrogue o programa. “Estou confiante de que teremos os 60 votos necessários para a lei que protege os dreamers”, afirmou.

Schumer responsabilizou o presidente dos EUA, Donald Trump, pelo fechamento do governo. “O presidente rejeitou dois acordos bipartidários que teriam evitado esse shutdown”, afirmou no plenário do Senado, ao anunciar o acordo. “A razão pela qual a maioria republicana teve tanta dificuldade em obter consenso é que eles não puderam ter entendimento firme do que o presidente de seu partido queria fazer”, ressaltou. Os republicanos acusaram os democratas pela paralisação e condicionaram qualquer negociação em torno de imigração à reabertura do governo.

O líder democrata disse que não havia conversado com Trump nem com nenhum representante da Casa Branca durante o fim de semana. “O grande presidente que fecha acordos, ficou marginalizado (nas discussões)”, ressaltou. Schumer destacou que a Casa Branca rejeitou dois acordos fechados pelos dois partidos, entre os quais um que garantia recursos para construção do muro na fronteira com o México.

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