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O Senado chileno vota hoje o Orçamento 2012 referente à educação, depois da Câmara dos Deputados não aprovar a proposta do governo.

Ontem, os outros 26 itens que compõem o Orçamento para o ano que vem foram debatidos e aprovados, mas os senadores concordaram em realizar uma sessão especial para a educação, diante das demandas do movimento estudantil por reformas no setor.

Os parlamentares da oposição e os independentes anteciparam que rechaçarão os fundos destinados ao segmento porque consideram “insuficiente” a última proposta do governo.

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O presidente da Comissão de Educação do Senado, Jaime Quintana, da oposição, afirmou, no entanto, que o Executivo poderia apresentar uma nova proposta com mais recursos, o que é negado por fontes do Palácio La Moneda, sede da Presidência.

Um dos cenários mais esperados é que os senadores de oposição se abstenham ou abandonem a sala no momento da votação. Caso isso aconteça, os governistas poderiam aprovar a manutenção dos mesmos fundos destinados para 2011, ou seja, US$ 781 milhões menos que o proposto para este ano.

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Por sua vez, representantes da Confederação de Estudantes do Chile (Confech) e do Conselho de Reitores, que estarão presentes na votação de hoje no Congresso, consideraram insuficientes as propostas da oposição e do governo em relação ao erário público.

Na terça-feira, a Câmara dos Deputados rechaçou, pela diferença de quatro votos, a parcela do orçamento que o governo pretendia destinar à educação, argumentando que os recursos ignoram a reforma estrutural demandada pelo movimento estudantil há sete meses.

Os estudantes sairão hoje às ruas de Santiago para mais um dia de protestos, ignorando a proibição da realização da marcha pela Prefeitura da capital.

Antes do início da manifestação, porém, já foram registrados incidentes envolvendo manifestantes encapuzados e a polícia. O confronto aconteceu nos arredores do Liceu Artístico Experimental, no bairro de Quinta Normal, após cerca de 20 pessoas instalarem barricadas em frente à escola.

De acordo com a polícia, os manifestantes se refugiaram no interior da instituição de ensino de onde lançaram pedras contra os homens da segurança pública.