Os Estados Unidos advertiram nesta terça-feira que a ameaça da Al Qaeda continua viva já que, apesar do duro golpe na rede terrorista com a morte no ano passado de seu líder Osama bin Laden, proliferaram os grupos filiados ao grupo no Oriente Médio e África.
O Departamento de Estado dos EUA afirmou nesta terça, em seu relatório anual sobre a situação do terrorismo no mundo, que a Al Qaeda ainda é uma “séria” ameaça, já que buscou se consolidar “estabelecendo vínculos mais estreitos com outras organizações”.
O documento apontou, além disso, o Irã como “o principal país patrocinador do terrorismo”, a quem acusa de proporcionar financiamento e apoio a “terroristas e militantes no Oriente Médio”, uma ameaça para a já frágil situação da região.
Os EUA alegam que a morte de Bin Laden e outros membros-chave da Al Qaeda pôs a rede em uma caminho de fraqueza “difícil de reverter”.
Mesmo assim, Washington destaca que apesar da pressão contra o núcleo da Al Qaeda no Paquistão, o grupo e seus filiados conseguiram “se adaptar” às novas circunstâncias.
“Eles conservaram a capacidade de realizar ataques regionais e internacionais e isso é uma ameaça séria e duradoura para nossa segurança nacional”, diz o relatório.
Osama bin Laden, líder da Al Qaeda por 22 anos, foi morto em maio de 2011 durante uma operação militar americana no complexo residencial onde se escondia, na cidade de Abbottabad, no Paquistão. “Não há dúvida de que estamos mais seguros do que anos atrás”, afirmou em entrevista coletiva o coordenador do Escritório de Antiterrorismo do Departamento de Estado, Daniel Benjamin, “mas estamos muito preocupados pelo aumento de (grupos) filiados”.
Em particular, mencionou a Al Qaeda na Península Arábica que, segundo o relatório, conseguiu o controle de um território no sul do Iêmen e está aproveitando a instabilidade política do país para conspirar contra interesses regionais e ocidentais.