O secretário de Defesa dos Estados Unidos Ash Carter acusou a Rússia de colocar a ordem mundial em risco, citando as incursões pela Ucrânia e conversas sobre armas nucleares. Carter declarou que os EUA estão buscando formas criativas de deter a agressão russa e proteger aliados norte-americanos.

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Em declarações dadas após oito dias de viagem pela Ásia, Carter expressou ainda preocupação com a expansão da influência da China e crescente força militar. O secretário guardou, porém, as palavras mais fortes para a Rússia.

Carter afirmou que a Rússia está agindo de forma “desafiadora”. Ele considerou que posicionamentos do país sobre tecnologia nuclear levantam questionamentos sobre “o compromisso com a estabilidade estratégica, respeito por normas contra o uso de armas nucleares e sobre se eles (os russos) respeitam a profunda preocupação que os líderes mundiais mostraram com relação a armas nucleares”.

As declarações foram as mais fortes já feitas por Carter sobre a Rússia. Ele ainda disse que os Estados Unidos não querem fazer da Rússia um inimigo, mas que o país vai defender seus interesses, seus aliados e a ordem internacional. “Não buscamos uma guerra fria, muito menos uma quente”, declarou.

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O pano de fundo das críticas feitas por Carter é que, depois de mais de duas décadas de relações dominantes entre grandes potências, os Estados Unidos têm visto a Rússia se reafirmar e a China expandir sua influência militar para além das proximidades de seu território.

O secretário de Estado deixou aberta, porém, a possibilidade de que a atuação da Rússia na Síria possa evoluir de forma a ser aceita pelos Estados Unidos. “É possível, vamos ver, a Rússia pode ter um papel construtivo na solução da guerra civil”, declarou.

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Carter afirmou acreditar que o presidente russo Vladimir Putin “não tenha pensado muito cuidadosamente” sobre seus objetivos na Síria. Ele chamou a abordagem russa de “fora de direção”.

Enquanto a Rússia faz o que Carter caracterizou como declarações ameaçadoras sobre o potencial uso de armas nucleares, os Estados Unidos estão modernizando seu arsenal nuclear inteiro, não apenas os submarinos, aeronaves e mísseis que são armados com armas nucleares de longo alcance, mas também as próprias armas. Fonte: Associated Press.