Os palestinos disseram que se não chegarem a um acordo de paz com Israel até setembro irão ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) com apoio e argumentos para tentar fazer com que o organismo recomende a admissão da Palestina como novo membro do órgão. Para isso será necessário convencer os Estados Unidos, forte aliado de Israel, a não vetarem uma resolução que apoia o reconhecimento de um Estado palestino independente, o que não será fácil.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, disse hoje que o governo de Barack Obama não acredita que a declaração unilateral da formação de um Estado palestino ou as tentativas de fazer com que o Conselho de Segurança endosse o novo país sejam “uma boa ideia”. “Eu não quero prever como vamos votar” numa resolução do conselho, disse Toner, “mas não enxergamos a medida como um passo útil”.
Riyad Mansour, o principal diplomata palestino na ONU, disse que há outras opções para se chegar ao objetivo através da ONU. Segundo ele, o mês de setembro é importante para os palestinos porque “há muitas coisas que vão convergir”.
Primeiro, Israel e os palestinos concordaram com o mês de setembro como o prazo estabelecido pelo presidente Obama para um acordo de paz, data endossada pela União Europeia e pela maior parte do mundo. Segundo, o programa de dois anos para a construção da infraestrutura do Estado palestino estará completo e, terceiro, os palestinos esperam que dois terços dos 192 Estados-membros da ONU tenham reconhecido a Palestina como um Estado independente, disse Mansour. As informações são da Associated Press.