O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que não há pré-requisitos da sua parte para aceitar uma reunião com o presidente do Irã, Hassan Rouhani. “Se eles quiserem se reunir, eu irei me reunir. Eu certamente me reuniria com eles se eles estivessem dispostos”, resumiu o americano em coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, na Casa Branca.

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O líder da Casa Branca acrescentou ainda crer que os problemas ocasionados à nação persa pelas sanções econômicas impostas por Washington levarão Teerã a querer essa reunião.

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Trump reiterou que acredita em reuniões, “ainda mais quando se discutem guerras”, e, nesse ensejo, voltou a defender a cúpula com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Helsinque, na Finlândia. “Tive uma grande reunião com Putin em termos de segurança e desenvolvimento econômico”, disse.

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Em momento posterior da entrevista coletiva, contudo, o presidente americano se viu na necessidade de declarar que as sanções econômicas à Rússia “permanecerão com estão”.

Do púlpito apenas metros distante de Trump, o premiê italiano modulou o discurso relativo a Moscou, comentando ser necessário garantir que as punições “não afetem a sociedade civil e as pequenas e médias empresas”. Conte reconheceu ser “impensável” a suspensão das sanções “do dia para a noite”, mas ponderou que elas não podem ser “um fim”.

“Estamos abertos ao diálogo com a Rússia, que tem um papel fundamental na geopolítica”, resumiu o italiano. “Apoiamos o diálogo de uma perspectiva global de segurança.”

As referências ao país governado por Vladimir Putin vieram no contexto da postura adotada por Trump em eventos internacionais, como o G-7 e a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Tanto no G-7 quanto na Otan tivemos uma troca frutífera de opiniões e visões com Trump”, garantiu Conte.

Para o chefe de governo em Roma, as posições do americano sobre a necessidade de se reequilibrarem os gastos individuais de países da Otan em defesa “são extremamente razoáveis”. O premiê também disse concordar com a necessidade de reformular o funcionamento interno da Organização Mundial do Comércio (OMC). “As regras da OMC são antigas. Ainda consideram a China como uma economia emergente”, apontou o italiano.

Em meio à troca bilateral de elogios na Casa Branca, Conte deu o tom do que considera ser atualmente o elo entre Washington e Roma. “O meu governo e o de Trump foram ambos eleitos para trazer mudança.”