Os legisladores europeus reelegeram nesta terça-feira o socialista alemão Martin Schulz a um mandato de 2 anos e meio como presidente do Parlamento Europeu. Essa foi a primeira sessão do organismo após as eleições que levaram dezenas de novos legisladores contrários à União Europeia ao órgão formulador de políticas do continente.
Schulz, que é presidente do parlamento desde 2012, foi reeleito com 409 votos, dos 723 votantes. O organismo tem 751 membros, que discutem os rumos da União Europeia.
Durante a sessão, os membros do eurocético Partido da Independência, do Reino Unido, viraram as costas para a bandeira da UE quando uma orquestra começou a tocar o hino do bloco, a “Ode à alegria”, de Beethoven.
Ardente defensor da UE, Schulz é natural de Eschweiler, uma cidade da Alemanha próxima às fronteiras com a França, a Holanda e a Bélgica, e foi candidato dos socialistas para ser presidente da Comissão Europeia, o braço executivo do bloco.
Mas, a coligação pan-europeia de centro-direita, Partido Popular Europeu (PPE), ganhou a maioria dos assentos na eleição parlamentar e obteve o direito de indicar o candidato único à presidência da Comissão Europeia. Na semana passada, o ex-premiê de Luxemburgo Jean-Claude Juncker foi nomeado pela coalizão, mesmo com a oposição do primeiro-ministro britânico, David Cameron. Agora, a indicação dele deverá ser aprovada em uma votação secreta, prevista para ocorrer ainda este mês.
Depois do longo mandato de Schulz, um membro do PPE ou da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa deverá se tornar o presidente do parlamento.
Agora, vários outros importantes cargos da UE estão em disputa, como a presidência do Conselho Europeu, que deverá ser ocupado pela premiê da Dinamarca, a socialista Helle Thorning-Schmidt, e a chefia da política externa do bloco, que segundo um alto diplomata será ocupada por um membro do PPE ou pelo premiê holandês, o liberal Mark Rutte. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.