O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse neste domingo que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros aliados que são grandes produtores de petróleo, como a Rússia, devem encontrar formas de cooperação além dos limites de produção de petróleo deste ano. “Não devemos limitar nossos esforços a 2018. Precisamos falar sobre um quadro de tempo mais longo para a nossa cooperação”, disse al-Falih a repórteres nos bastidores de uma reunião do comitê da Opep na capital de Omã. A mensagem da Opep para o mundo, segundo ele, deveria ser “isso é algo que está aqui para ficar”.

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Falih – o líder de fato da Opep – fez o pedido mais explícito para que o cartel de 14 nações e os 10 aliados não membros continuem apoiando o mercado de petróleo em 2019. Os preços do petróleo subiram de US$ 45 o barril em junho para mais US$ 70 por barril este mês em parte devido ao acordo do grupo para reduzir a produção mundial de petróleo em cerca de 1,8 milhão de barris por dia.

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Ele chamou a atenção para as fraquezas do acordo, dizendo que os primeiros cortes na produção da Opep em quase uma década ainda não haviam instaurado confiança suficiente na indústria do petróleo para investimento em projetos caros. O ministro disse que quer tornar os investidores e as empresas confortáveis com as “perspectivas de longo prazo do mercado” além do rali recente.

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Falih afirmou ainda que os cortes de produção não estão próximos de atingir seu objetivo de reduzir estoques para equilibrar a oferta e a demanda. Ele disse que o equilíbrio pode não ocorrer até o início de 2019, na primeira vez que menciona de um prazo além de 2018.

O saudita disse que cooperar além do acordo atual que termina em dezembro de 2018 “não significa necessariamente seguir barril por barril com os mesmos limites ou metas de produção por país com os quais nos comprometemos em 2016”.

Falih precisará garantir um compromisso de cooperação da Rússia, que não é um membro da Opep, mas ajudou os esforços do cartel com importantes cortes de produção no ano passado. O ministro russo da Energia, Alexander Novak, disse neste domingo que “o mercado deve se reequilibrar este ano”. Fonte: Dow Jones Newswires.