Desapontada com as conversas de paz na Síria, a Arábia Saudita concordou em fornecer armamentos para rebeldes no país. A oferta inclui armas sofisticadas como mísseis capazes de derrubar jatos, de acordo com o que disseram diplomatas e alguns membros de oposição ao The Wall Street Journal.
A Arábia Saudita ofereceu armas portáteis de origem chinesa e mísseis guiados da Rússia, segundo um diplomata árabe e pessoas com conhecimento do assunto. Autoridades sauditas não foram encontradas para comentar.
Os Estados Unidos se opõem a estratégia de armar rebeldes com mísseis antiaéreos por medo de que eles possam cair em mãos de extremistas, os quais podem usá-los contra o ocidente ou contra linhas aéreas comerciais. Os sauditas deixaram de fornecer armamentos no passado por causa da oposição norte-americana. Não há qualquer indicação de uma mudança na política dos EUA e autoridades em Washington se recusaram a comentar.
De sua parte, os norte-americanos estariam oferecendo ajuda financeira, gastando milhões de dólares para pagar o salário de combatentes, disse um comandante dos rebeldes que recebeu parte do dinheiro. Os EUA também não quiseram comentar sobre pagamentos.
O foco do novo impulso dos rebeldes é tomar os subúrbios de Damasco na esperança de forçar o regime sírio a aceitar um governo de transição sem o presidente Bashar al-Assad. Se os disparadores de mísseis forem oferecidos nas quantidades necessárias, rebeldes dizem que isso poderia desbancar a guerra em favor da oposição. Os antiaéreos e as armas russas contra tanques tirariam do regime de Assad suas duas grandes vantagens: poder aéreo e armamento pesado.
Lideranças rebeldes dizem que se encontraram com agentes de inteligência norte-americanos e sauditas na Jordânia há trinta dias enquanto ocorria a primeira rodada de conversas de paz em Genebra . Foi aí que a Arábia Saudita ofereceu as armas mais sofisticadas.
Os líderes rebeldes sírios disseram ter recebido salários por suas lutas e para equipamentos como ração militar e barracas. Eles dizem que os EUA gastaram US$ 3 milhões em salários e entregaram o montante em duas reuniões na Jordânia, uma em 30 de janeiro e outra no ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.