O príncipe saudita Alwaleed bin Talal anunciou nesta terça-feira planos para a construção, em Jeddah, daquele que será o edifício mais alto do mundo. O anúncio vem à tona menos de dois anos depois da inauguração do Burj Khalifa, em Dubai, com uma altura que muitos acreditavam que não seria superada por anos.

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A torre planejada pelos sauditas terá mil metros de altura, vista para o Mar Vermelho e contará com um hotel, condomínios de luxo e escritórios. Se os planos se concretizarem, o edifício, que se chamará Kingdom Tower, superará em 172 metros o Burj Khalifa para se tornar a mais alta estrutura já erigida pelo homem.

Em entrevista coletiva concedida hoje, o príncipe saudita informou que sua empresa, a Kingdom Holding Co., assinou um contrato de 4,6 bilhões de riais, quantia equivalente a US$ 1,23 bilhão, com o Bin Laden Group para a construção do edifício. A expectativa é de que as obras comecem em breve e levem cinco anos para serem concluídas.

O Bin Laden Group é a maior empreiteira da Arábia Saudita. O grupo foi fundado pelo pai do líder extremista islâmico Osama bin Laden, executado em maio no Paquistão por forças especiais do exército dos Estados Unidos e de quem a família afirma ter-se distanciado na década de 1990.

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“Construir esta torre em Jeddah envia uma mensagem financeira e econômica que não deve ser ignorada”, afirmou o príncipe Alwaleed bin Talal. “Ela (a obra) tem o significado político de dizer ao mundo que nós, os sauditas, investimos em nosso país.”

Ao longo das décadas, diversos países empenharam-se em viabilizar os edifícios mais altos do mundo. Durante muitas décadas, o título coube aos Estados Unidos, com prédios de Nova York e Chicago revezando-se no topo da lista. Em 1998, a inauguração das Torres Petronas, em Kuala Lumpur, levou o título para a Ásia.

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Da mesma forma que impressionam pelo tamanho, os edifícios mais altos do mundo têm fama de performance financeira ruim. Durante anos, o Empire State Building, em Nova York, foi ironicamente apelidado de “Empty State Building”, por conta do lento processo de leasing.

O Burj Khalifa, por sua vez, foi inaugurado em meio à mais recente crise financeira internacional e sua taxa de desocupação chegou a alcançar 44%. As informações são da Dow Jones.