O presidente francês, Nicolas Sarkozy, elogiou ontem a proposta russa de atuar como um mediador na Líbia, onde uma coalizão internacional tenta depor o governante Muamar Kadafi. Sarkozy insistiu, porém, que qualquer negociação deve incluir a saída de Kadafi do poder no país do norte africano.
Hoje, a Rússia esteve entre os signatários da declaração do G-8, segundo a qual Kadafi havia perdido legitimidade e não tinha futuro em uma Líbia livre e democrática. “Ele deve partir”, afirma o comunicado conjunto dos países do G-8. Sarkozy destacou que é possível discutir apenas em que termos Kadafi deve deixar o poder. O presidente francês falou em Deauville, cidade francesa que sediou o encontro do G-8.
Sarkozy disse ter sido convidado pelo Conselho de Transição Nacional, principal grupo oposicionista líbio, para visitar a cidade portuária de Benghazi, sede da oposição. O líder francês afirmou que pretendia ir, mas prefere visitar o local junto com o primeiro-ministro britânico, David Cameron. “Seria inapropriado fazer isso separadamente”, afirmou Sarkozy, acrescentando que nenhuma data foi marcada.
Em março, o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou o uso da força contra o regime líbio para a proteção de civis. Desde então, a França e o Reino Unido têm liderado os ataques aéreos na Líbia, realizados principalmente pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). As informações são da Dow Jones.