O presidente francês, Nicolas Sarkozy, agradeceu ontem a contribuição do Brasil para a libertação de Clotilde Reiss, acadêmica francesa de 24 anos que estava presa no Irã desde julho. Sarkozy também elogiou a intermediação do Senegal e da Síria no caso. Segundo o líder francês, o Brasil e esses dois países tiveram um “papel ativo” na libertação da jovem.
A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Teerã teria criado condições para que o regime iraniano decidisse substituir a pena de dez anos de prisão, à qual foi condenada a francesa, por uma multa de 350 mil. Clotilde desembarcou ontem em Paris, num avião oficial francês, e se encontrou com o chanceler Bernard Kouchner e com Sarkozy.
“Clotilde Reiss estava presa injustamente no Irã desde 2009”, ressaltou em nota o Palácio do Eliseu, antes de prestar homenagem à professora por ter mostrado, durante sua detenção, “coragem e dignidade exemplares”.
Clotilde, que estava trabalhando como professora na Universidade de Isfahan, foi presa durante uma onda de manifestações há dez meses, após a suposta fraude eleitoral que reelegeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Ela foi condenada por espionagem por ter enviado informações sobre os protestos por e-mail para a embaixada francesa e para sua família.