Santos obtém ajuda bolivariana contra Farc

A polícia do Equador prendeu esta semana em Quito o guerrilheiro Fabio Ramírez, conhecido como “Danilo”, um dos líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A operação, impensável durante a crise diplomática desencadeada pelo ataque que matou Raúl Reyes e mais 16 guerrilheiros em território equatoriano, em 2008, tornou-se possível graças ao pragmatismo da política externa do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

Logo após sua posse, em agosto do ano passado, Santos tratou de reatar as relações diplomáticas com a Venezuela. Elas haviam sido rompidas no fim do mandato de seu antecessor, Alvaro Uribe, que acusou Caracas na Organização dos Estados Americanos (OEA)de abrigar homens das Farc em seu território. O passo seguinte do atual presidente foi normalizar as relações com o Equador.

A própria escolha de Santos para chefiar sua chancelaria refletiu o desejo de normalizar as relações com os vizinhos. A ministra Maria Angela Holguín serviu na Venezuela como embaixadora quando Uribe e Chávez se davam bem, entre 2002 e 2004.

De acordo com analistas, as Farc estão encurraladas em países cujos governos são ideologicamente simpáticos ao grupo: o Equador de Rafael Correa e a Venezuela de Hugo Chávez. Mas, nos últimos meses, Caracas prendeu e iniciou o processo de extradição de pelo menos dois nomes importantes do grupo: Julián Conrado, o “Cantor das Farc”, detido em junho, e Alberto Martínez, editor da Agência de Notícias Nova Colômbia, órgão ligado à guerrilha, preso em abril. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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