O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, prometeu nesta segunda-feira fazer “o que for preciso” para erradicar o partido de extrema direita Aurora Dourada. No último final de semana, líderes do grupo neonazista foram presos acusados pela morte do cantor de hip-hop e ativista Pavlos Fyssas, assassinado em 17 de setembro. O grupo negou qualquer envolvimento na morte do militante.
Samaras condenou o Aurora Dourada como grupo neonazista e prometeu tolerância zero para o partido, que alcançou popularidade meteórica durante a crise financeira na Grécia.
“Estamos dedicados a acabar completamente com esta vergonha”, afirmou Samaras em discurso para a comunidade judaica americana. “Faremos isso dentro do contexto de nossa Constituição democrática, mas faremos tudo o que for preciso. Não existe espaço para neonazistas em qualquer parte do mundo democrático.”
O governo de coalizão de Samaras, liderado pelos conservadores, afirmou que vai submeter uma lei ao Parlamento esta semana com o objetivo de cortar verbas do governo com base na lei que prevê o fim do financiamento do governo caso a liderança de um partido ou seus parlamentares estejam sendo processados por algum crime.
O Aurora Dourada é formado por um grupo de nacionalistas de raiz neonazista. O partido possui 18 deputados no Parlamento de 300 membros, e está apto a receber mais de 873 mil euros (US$ 1,18 milhões) em 2013.
Seis parlamentares do Aurora Dourada, 14 membros do partido e dois policiais foram presos e estão sendo mantidos sob custódia à espera de julgamento.
O vice-líder e um dos parlamentares do Aurora Dourada, Christos Pappas, se entregou neste domingo às autoridades de Atenas. A polícia anunciou nesta segunda-feira que a busca em sua casa resultou em duas armas se licença, uma baioneta, capacetes com o desenho SS da suástica, várias bandeiras com o mesmo símbolo e uma fotografia de Adolf Hitler com os dizeres do Aurora Dourada, além de outros itens. O partido nega ser neonazista e defende agenda contra imigrantes.