Policiais entraram em confronto no centro de Moscou nesta terça-feira com manifestantes que tentavam realizar um segundo dia de protestos contra as supostas fraudes eleitorais ocorridas nas eleições parlamentares russas realizadas no final de semana.

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Centenas de policiais haviam bloqueado a Praça Triunfal na noite desta terça-feira e então começaram a expulsar cerca de 100 manifestantes, detiveram alguns e os jogaram com brutalidade no interior de veículos da polícia.

Partidários do governista Rússia Unida também realizaram uma manifestação na noite de hoje na Praça da Revolução, perto do Kremlin. Imagens da televisão estatal mostraram uma multidão que parecia ser de alguns milhares de pessoas.

O Rússia Unida, legenda do primeiro-ministro Vladimir Putin, registrou uma significativa queda no número de votos da eleição, mas mesmo assim manteve a maioria no Parlamento. Opositores dizem que a vitória só foi alcançada devido à grandes fraudes.

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Na vizinha Lituânia, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton criticou mais uma vez a eleição russa e pediu que as acusações de fraude sejam investigadas.

Alguns participantes do protesto desta terça-feira gritavam “Putin é um bandido e um ladrão!”, numa referência tanto às fraudes eleitorais quando às reclamações generalizadas de que o Rússia Unida é uma das principais razões para a corrupção endêmica no país.

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Dentre os detidos está Boris Nemtsov, líder da oposição liberal, além dos conhecidos radicais Eduard Limonov e Oleg Orlov, presidente do renomado grupo de direitos humanos Memorial, informou a agência de notícias Interfax.

Centenas de jovens com emblemas da juventude do Rússia Unida, os Guardas da Juventude, também se reuniram nos arredores da praça e gritavam de forma provocativa: “Putin, vitória!”

Um grande número de pessoas também se reuniu numa praça em São Petersburgo para protestar contra o resultado da eleição, afirmou observador eleitoral dinamarquês. As informações são da Associated Press.