Os governos de Rússia, Casaquistão e Turcomenistão selaram nesta quinta-feira (20) em Moscou um acordo para a construção de um gasoduto contornando o litoral do Mar Cáspio. A expectativa é de que o acordo, resultante de um acerto preliminar feito em maio, fortaleça o controle de Moscou sobre a exportação de energia da região.
O acordo encerra meses de tensos debates com relação ao preço do gás vendido atualmente e representa um duro golpe contra as aspirações ocidentais de busca por uma rota alternativa de acesso ao gás natural da Ásia Central.
"Nós acabamos de assinar um acordo extremamente importante entre Rússia, Casaquistão e Turcomenistão para a construção de um gasoduto no Mar Cáspio", declarou o presidente russo, Vladimir Putin. "Essa será mais uma importante contribuição de nossas nações para fortalecer a segurança energética européia", prosseguiu Putin.
No fim do mês passado, a estatal russa OAO Gazprom cedeu às exigências turcomanas e aceitou pagar US$ 130 por mil metros cúbicos de gás natural no primeiro semestre de 2008 e US$ 150 a partir do segundo pelo produto exportado por um gasoduto já existente.
O acordo selado hoje provavelmente descontentará os Estados Unidos e a União Européia (UE), que vinham pressionando por um gasoduto com outra rota, passando sob o Mar Cáspio e contornando a Rússia.