Rússia se nega a extraditar suspeito de envenenamento

Promotores russos rejeitaram oficialmente o pedido da Grã-Bretanha para extraditar um empresário acusado pela morte por envenenamento do ex-agente da KGB Alexander Litvinenko. O promotor geral Yuri Chaika informou que a recusa em extraditar Andrei Lugovoi foi baseada em uma proibição constitucional que veta a extradição de cidadãos russos para países estrangeiros.

Ele também citou a convenção européia, que permite que seus signatários recusem extraditar cidadãos. Segundo uma nota da promotoria, "extraditar Lugovoi não será possível", acrescentando que as autoridades britânicas já foram informadas da decisão.

A promotoria também informou que poderia considerar investigar Lugovoi, em caso de solicitação oficial das autoridades britânicas, que deverão, para isso, apresentar evidências suficientes que justifiquem o pedido.

Em maio, a Grã-Bretanha acusou Lugovoi, ex-agente da KGB que se tornou empresário, de envolvimento no assassinato de Litvinenko, que morreu em novembro do ano passado em um hospital de Londres após ser envenenado com uma dose fatal de polônio-210, substância radioativa.

Autoridades russas, incluindo o presidente Vladimir Putin, já haviam sinalizado que Lugovoi não seria extraditado. Putin chegou a classificar como "estupidez" o pedido britânico, dizendo que as autoridades britânicas já deveriam conhecer o veto constitucional russo à extradição de seus cidadãos.

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