O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira que seu país se oporá totalmente a uma intervenção no estilo militar, parecida a que ocorreu na Líbia, na Síria. “Se depender de nós, não pensamos em permitir que nada desse tipo seja repetido”, disse Lavrov. Questionado sobre se Moscou manterá o apoio ao regime do presidente sírio Bashar Assad, o chanceler russo disse: “Nós não estamos protegendo nenhum regime”. Assad enfrenta desde março uma revolta contra seu regime autoritário, que já deixou mais de 3 mil mortos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
“Nós temos muitas questões, após o Conselho de Segurança da ONU ter adotado a resolução sobre a Líbia” que permitiu as operações de bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para proteger civis, disse o chanceler russo.
Um mês após o começo da rebelião contra Muamar Kadafi, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 1.973, a qual permitiu “todas as medidas necessárias” para impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia para proteger civis.
“Se depender de nós, eu não acho que permitiremos que qualquer coisa desse tipo se repita” na Síria, disse Lavrov, após um encontro ministerial entre a Rússia e os países árabes do Golfo Pérsico em Abu Dabi. O chanceler russo foi questionado sobre se algo parecido ao que ocorreu na Líbia poderá acontecer na Síria.
Assad, que está sob pressões crescentes, disse no domingo à televisão estatal russa que espera continuar a receber apoio de Moscou, informa a agência France Presse (AFP).
As informações são da Dow Jones.