Rússia manterá sanções contra o Ocidente, dizem autoridades

O governo da Rússia manterá suas sanções contra o Ocidente e pode inclusive expandir essas penalidades, caso as tensões políticas se aprofundem, afirmaram autoridades nesta quarta-feira.

O tema voltou ao foco ao longo do fim de semana, quando líderes do G-7 avaliaram a tomada de mais ações para punir Moscou por seu apoio aos rebeldes no leste da Ucrânia. A Rússia, que dizia estar se preparando para viver sob sanções havia anos, prometeu retaliar. Sergei Ivanov, chefe de gabinete do Escritório Executivo Presidencial, disse que era “muito lógico concluir que Moscou irá ampliar” suas sanções tomadas em retaliação.

Em resposta a uma lista de indivíduos que estão proibidos de entrar nos EUA e na União Europeia e a uma série de dificuldades para os bancos russos, Moscou proibiu a importação de alimentos dos países que impuseram sanções ao país. Adotada em agosto, essa medida gera um impacto para os produtores internacionais, mas também levou a inflação ao consumidor a acelerar para quase 17% neste ano no país.

A declaração de Ivanov, colocado na lista de sanções dos EUA no ano passado, foi confirmada pelo ministro da Economia, Alexei Ulyukayev. O ministro disse que a Rússia irá prorrogar as sanções, caso o Ocidente decida manter suas penalidades por mais tempo, segundo agências de notícias russas.

Falando a repórteres em Milão, Ulyukayev afirmou que as sanções apenas criam problemas adicionais. Ele lembrou que as sanções prejudicam as empresas da União Europeia, dizendo ter dúvidas de que o Ocidente imporá sanções mais duras contra Moscou.

Já os membros do Parlamento Europeu afirmaram que a Rússia não está mais agindo como um parceiro estratégico do bloco e que a UE precisa se opor mais às políticas “agressivas” do país. O Parlamento decidiu hoje que o Executivo da UE, a Comissão Europeia, gaste mais para se contrapor ao que qualificou como informações equivocadas russas e para ajudar os grupos de cidadãos independentes dentro do país. As lideranças da UE discutirão a política do bloco para a Rússia durante um encontro em Bruxelas, nos dias 25 e 26. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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