Presos no Ártico

Rússia estabelece fiança para 7 ativistas do Greenpeace

Um tribunal russo concedeu, nesta terça-feira, a possibilidade de liberdade sob fiança para manifestantes do Greenpeace provenientes da Argentina, Brasil, Canadá, Itália, Nova Zelândia e Polônia. Dentre eles está a brasileira Paula Maciel, que segundo o Greenpeace, seria a primeira a ser libertada.

Trata-se do primeiro grupo de ativistas estrangeiros que pode sair da cadeia enquanto aguarda julgamento por ter participado de um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.

O tribunal de Primorsky, em São Petersburgo, estabeleceu a fiança em 2 milhões de rublos (US$ 61.500) para cada um dos sete ativistas. O tribunal informou que eles serão libertados se a fiança for paga nos próximos quatro dias.

Um dos ativistas, o argentino Miguel Orsi, segurava uma fotografia de sua filha, que é bebê, e chorou ao ouvir a decisão do juiz. O Greenpeace disse que vai disponibilizar o dinheiro assim que possível.

Os juízes do caso do Greenpeace haviam concordado anteriormente com a promotoria que os ativistas estrangeiros poderiam fugir, mas o tribunal de Primorsky não disse que os sete podem sair da Rússia enquanto estiverem sob fiança. As datas para os julgamentos dos ativistas ainda não foram determinadas.

Trinta pessoas que estavam a bordo de um navio do Greenpeace foram detidas no Ártico russo em setembro, por causa de um protesto do lado de fora de uma plataforma de petróleo e continuam presas desde então. Os ativistas foram inicialmente acusados por pirataria, mas posteriormente os investigadores disseram que a acusação seria trocada por vandalismo.

Condenados por vandalismo geralmente têm de pagar multas e não são sentenciadas à prisão. Na segunda-feira, o tribunal de Primorsky recusou-se a libertar um ativista australiano, mas outro tribunal da cidade concedeu liberdade sob fiança a três russos que estavam a bordo da embarcação, dentre eles o conhecido fotógrafo Denis Sinyakov.

Outras 19 pessoas que estavam no navio esperam por decisões judiciais a respeito de suas detenções. O ex-Beatle Paul McCartney pediu ao presidente russo Vladimir Putin que liberte todos os 30 detidos. Fonte: Associated Press.

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