Rússia e Alemanha prometem evitar conflitos, ao marcar o fim da Segunda Guerra

A Rússia e a Alemanha farão todos os esforços para evitar a repetição de uma tragédia similar à Segunda Guerra, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, de acordo com a agência de notícias TASS. A declaração foi dada após conversas entre Lavrov e o ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, no dia em que várias autoridades se reuniram para lembrar o aniversário do fim da Segunda Guerra (1939-45).

As duas autoridades visitaram um memorial que homenageia os soldados russos e alemães caídos na Rússia. Segundo Lavrov, diante do ocorrido na Batalha de Stalingrado é possível sentir “a responsabilidade ante as futuras gerações” para evitar a repetição de tragédias como essa.

Várias autoridades pelo mundo preferiram celebrar o evento na Polônia, uma alternativa à parada de dois dias programada para a Praça Vermelha, em Moscou. O presidente polonês, Bronislaw Komorowski, organizou as cerimônias em Gdansk em reação às profundas divisões entre o Ocidente e a Rússia, diante das ações de Moscou na Ucrânia.

Muitos líderes ocidentais estão boicotando as comemorações de 9 de maio em Moscou. Ainda assim, poucos se dispuseram a ir ao evento polonês. A lista de convidados polonesas inclui, de qualquer modo, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o presidente ucraniano e os presidentes de vários países da Europa Central.

Os russos, por sua vez, preparam-se para celebrar o feriado do Dia da Vitória com grande pompa, neste sábado. Cada vez mais durante a presidência de Vladimir Putin, a Rússia usa o feriado para celebrar o papel soviético na vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista, a fim de instilar o patriotismo em casa e para justificar sua política externa agressiva.

Komorowski já disse que o evento na Polônia quer ressaltar também como o fim da guerra não trouxe a liberação total para boa parte do Leste Europeu, mas sim décadas de dominação soviética. A mensagem não deve ser bem-recebida pelas autoridades na Rússia, que preferem ressaltar o lado patriótico das ações soviéticas na liberação da Europa das mãos de Adolf Hitler. (Gabriel Bueno da Costa, com informações da Associated Press)

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