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Rússia diz que irá apoiar companhias que foram alvo de sanções dos EUA

A Rússia disse que irá apoiar empresas atingidas por novas sanções dos Estados Unidos à medida que o rublo e as ações apresentaram forte queda nesta segunda-feira. A moeda russa caiu para o nível mais baixo em relação ao dólar desde o fim de 2016, enquanto as ações da produtora de alumínio Rusal, que sofreu penalidades, despencaram 50% na bolsa de valores de Hong Kong.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o governo russo apoia os esforços para mitigar o efeito do pacote de sanções, ao qual ele chamou de “notório em sua legalidade”. “O tempo é necessário para a análise entender o tamanho do dano real e elaborar passos para corrigir a situação, para a correção máxima possível”, afirmou.

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, ordenou que seu gabinete estabelecesse medidas para apoiar empresas afetadas pelas sanções nos setores de energia, metais e armas, segundo agências de notícias russas. A Rusal, que caiu 50%, é controlada pelo empresário bilionário Oleg Deripaska, afirmou que as penalidades “podem resultar em inadimplência técnica em relação a certas obrigações de crédito”.

“A avaliação inicial da empresa é de que é altamente provável que o impacto possa ser materialmente adverso para os negócios e as perspectivas do grupo”, disse a Rusal em comunicado. Deripaska controla um império de negócios com ativos em alumínio, energia e construção. Ele figurou em investigações russas sobre interferência eleitoral nos Estados Unidos devido a seus laços com Paul Manafort, ex-diretor da campanha do presidente americano, Donald Trump. A riqueza de Deripaska é estimada em US$ 5,3 bilhões, de acordo com a Forbes.

Na sexta-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra sete empresários russos, 17 funcionários e uma dezena de empresas russas. Além de Deripaska, os alvos americanos incluíam o presidente da Gazprom, Alexei Miller, e o presidente do estatal VTB Bank, Andrey Kostin. O banco é o segundo maior da Rússia. As sanções congelam todos os ativos que os visados têm nas jurisdições dos EUA e impedem os americanos de fazer negócios com eles. Fonte: Associated Press.

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