As Forças Armadas da Rússia rechaçaram nesta terça-feira as preocupações ocidentais sobre um grande exercício militar previsto e que tem gerado tensões no estilo da Guerra Fria na região do Mar Báltico, após os Estados Unidos reforçarem sua presença na região. O vice-ministro da Defesa russo, general Alexander Fomin, disse que os exercícios conjuntos da Rússia e da Bielo-Rússia, que ocorrem em setembro em parte na fronteira bielo-russa com a Lituânia e a Polônia, dois países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), são de “natureza puramente defensiva” e pretendem testar a capacidade das tropas de responder a um adversário hipotético.

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Os EUA já enviaram uma brigada para o centro da Europa e para o Leste Europeu, como parte de um esforço para cobrir o flanco leste da Otan. Na terça-feira, sete aviões de combate F-15C partiram de uma base no Reino Unido para a Lituânia. A Polônia já enviou quatro aviões modelo F-16, mas os EUA devem ampliar essa força por causa da expectativa na Otan com os exercícios militares russos.

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Autoridades da Otan lançaram dúvidas sobre os números oficiais apresentados pelos russos no exercício militar e reclamaram da falta de transparência. Fomin disse que no total 12.700 membros das Forças Armadas se envolverão no exercício, a maioria deles, 7.200, da Bielo-Rússia. O número ficou pouco abaixo do teto de 13 mil a partir do qual seria necessária a presença de observadores internacionais. Os militares russos disseram que qualquer adido militar estrangeiro seria bem-vindo para observar os exercícios, em 18 de setembro. A Otan, porém, diz esperar que um número bem maior de soldados participe, em comparação com o comunicado oficialmente por Moscou. Fonte: Dow Jones Newswires.