O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou a defender nesta sexta-feira (15) , em Washington, a retirada do exército russo da Geórgia, dizendo que o Kremlin precisa começar a reparar seus laços com os Estados Unidos e com a Europa. “Ameaças e intimidações não são maneiras aceitáveis de condução da política externa no século XXI”, afirmou Bush em breve entrevista no Jardim das Rosas da Casa Branca. “Apenas a Rússia pode decidir se irá retomar o caminho das nações responsáveis ou continuará a buscar uma política que apenas compromete o confronto e o isolamento”.

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As considerações, feitas pouco antes de uma viagem de duas semanas para seu rancho no Texas, acontecem paralelamente ao encontro da secretária do Estado norte-americana, Condoleezza Rice, com o presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, em Tbilisi.

O conflito na Geórgia, junto ao fechamento ontem de um acordo preliminar com a Polônia para a instalação de um escudo antimíssil no país, intensificou a tensão nas relações entre a Rússia e os EUA.

Bush reconheceu a tensão e disse que a Rússia tenderia ver a expansão da democracia como uma ameaça a seus interesses. “O oposto também é verdadeiro”, afirmou Bush, repetindo sua visão de que a soberania e a integridade territorial da Geórgia devem ser respeitados. “A Guerra Fria acabou”, acrescentou Bush. “Uma relação de disputa com a Rússia não é do interesse da América, e uma relação de disputa com a América não é do interesse da Rússia”.

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Segundo relatos, as forças russas permanecem na cidade de Gori, na Geórgia, mas não há sinais de novas hostilidades. De qualquer modo, Bush disse que as ações da Rússia desde o início do conflito na Geórgia “prejudicaram a credibilidade em suas relações com o mundo livre”. “Para começar a reparar suas relações com os Estados Unidos, a Europa e com outras nações, e começar a reparar seu lugar no mundo, a Rússia deve respeitar a liberdade de seus vizinhos.

Em Moscou, após reunir-se com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que seu país “não quer piorar suas relações no curto prazo ou no longo prazo” com o Ocidente. “Estamos prontos para trabalhar com todos abertamente e com boa vontade e não queremos restringir nossas relações com qualquer parte”. As informações são da Dow Jones.

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