Um tribunal russo ordenou neste domingo a detenção, por dois meses, de mais oito membros da tripulação de um navio do Greenpeace usado em um protesto contra a prospecção de petróleo no Ártico. Na quinta-feira, um tribunal distrital da cidade de Murmansk, no norte da Rússia, já havia ordenado a detenção de outros 22 membros da tripulação, por suspeita de pirataria. Entre os detidos estão seis britânicos, quatro russos e cidadãos de outras 16 nacionalidades.

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O diretor executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, afirmou em comunicado que a decisão é uma “tentativa gritante de intimidar qualquer um que tente evitar uma corrida do petróleo no Ártico”.

Investigadores russos acusaram os ativistas de pirataria, depois que dois deles tentaram escalar uma plataforma da Gazprom no Mar de Barents. O grupo nega a acusação de pirataria e diz que autoridades russas embarcaram ilegalmente em seu navio em águas internacionais.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os ambientalistas obviamente não são piratas, mas ressaltou que eles violaram leis internacionais ao se aproximar perigosamente de uma plataforma de petróleo.

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Crimes de pirataria são passíveis de uma pena de até 15 anos de prisão, mas a comissão que investiga o caso disse que a acusação contra o grupo pode ser reduzida ao longo da investigação. Fonte: Dow Jones Newswires.