A Rússia foi responsável por “criar as condições” que resultaram na queda do voo MH17 da Malaysia Airlines na Ucrânia, disseram nesta terça-feira altos funcionários do governo dos EUA. Apesar da afirmação, essas autoridades destacaram que ainda não há provas de uma participação direta do governo russo no incidente.
Segundo esses funcionários, o avião foi provavelmente derrubado por um míssil terra-ar SA11 disparado pelos separatistas, apoiados pela Rússia. A suspeita dessas autoridades de segurança se baseia em imagens de satélites, ligações telefônicas interceptadas e conteúdos compartilhados pelos insurgentes em redes sociais. A autenticidade dessas provas está sendo verificada por peritos nos EUA.
Apesar disso, os funcionários disseram desconhecer o responsável pelo disparo do míssil ou se havia agentes russos no lugar em que houve o lançamento. “Não temos um nome, não temos a categoria do armamento disparado e nem sequer estamos 100% seguros de sua nacionalidade”, disse um dos funcionários. Todos eles falaram em condição de anonimato com a Associated Press.
Em entrevista à CNN, o assessor adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, disse que os EUA continuam trabalhando para determinar se o disparo do míssil tem “vinculação direta” com a Rússia, incluindo se havia russos no lugar do ataque e qual era o grau de treinamento dos separatistas para um ação deste tipo.
“Cremos que o presidente Putin e o governo russo têm responsabilidade pelo apoio que têm dado aos separatistas, por lhes fornecer armas e treinamento, e pelo ambiente geral de instabilidade no leste da Ucrânia”, afirmou Rhodes.
Rhodes afirmou ainda que o trânsito de armamento pesada da Rússia para a Ucrânia continua, mesmo depois da queda do MH17, que causou a morte de todos os 298 passageiros a bordo. Fonte: Associated Press.