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Rússia confirma que advogado de Trump enviou e-mail para o Kremlin

O Kremlin confirmou nesta quarta-feira que o advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou ajuda do governo russo durante a campanha presidencial americana do ano passado para um projeto de negócios na Rússia.

Em uma declaração ao Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos EUA, que investiga a suposta interferência do Kremlin na eleição presidencial de 2016 e um possível conluio entre a campanha de Trump e a Rússia, o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, disse na segunda-feira que a empresa do presidente prosseguiu um projeto em Moscou durante a primária republicana. Ele disse que o plano foi abandonado por diversas razões.

O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, disse a repórteres em Moscou que o Kremlin recebeu um e-mail de Cohen, que foi enviado para o endereço de e-mail geral do escritório de imprensa russo. Peskov afirmou que foi um dos muitos e-mails que o escritório de imprensa do Kremlin recebeu e que o foverno russo não respondeu.

Cohen comentou que trabalhou na proposta imobiliária com o russo Felix Sater que, segundo ele, afirmou ter conexões profundas em Moscou. As discussões sobre um acordo imobiliário em Moscou ocorreram no outono de 2015 no Hemisfério Norte, meses depois de Trump ter declarado que pretendia concorrer à presidência do EUA. O acordo terminou no início de 2016, quando Cohen determinou que o projeto não era viável, de acordo com a declaração do advogado à Câmara.

Cohen também revelou que Trump estava pessoalmente consciente do acordo, assinando uma carta de intenção e discutindo sobre o assunto em outras duas ocasiões.

Questionado se Putin teria visto o e-mail, Peskov afirmou que “não pude discutir com o presidente Putin as centenas e milhares de exigências diversas provenientes de países diferentes” que acabam na caixa de e-mails do Kremlin. Segundo o porta-voz do governo russo, o e-mail de Cohen não foi respondido porque “não reagimos a esses pedidos de negócios. Não é nosso trabalho”. Fonte: Associated Press.

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