A Rússia acusou de espionagem o diretor da agência de comércio e investimento da Grã-Bretanha, Christopher Bowers. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (11)pelo Ministério britânico das Relações Exteriores. Mais cedo, a agência russa de notícias Interfax informou que Bowers é suspeito de ter mantido encontros com ativistas de direitos humanos no norte do Cáucaso.
Trata-se de um dos mais graves incidentes nas relações entre Londres e Moscou, já acirrada pela briga pelo controle da petrolífera TNK-BP, cujo controle é dividido pela empresa britânica e por bilionários russos, além do impasse pela morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, pelas suspeitas de envolvimento do governo russo no envenenamento que o matou em Londres no dia 23 de novembro de 2006, aparentemente envenenado com a substância radioativa polônio-210.
O Ministério de Relações Exteriores russo confirmou que o diplomata é o principal representante da Agência para o Comércio e o Investimento em Moscou. Um ex-alto funcionário do órgão, Andrew Levi, foi um dos quatro oficiais da chancelaria britânica expulsos pela Rússia nos últimos meses.
As expulsões foram uma retaliação à ação do governo britânico, que exigiu a retirada de quatro diplomatas russos do país depois que Moscou se recusou a extraditar o empresário russo Andrei Lugovoi, acusado de envenenar Litvinenko. Lugovoi, que foi eleito para o Parlamento russo e tem imunidade, nega as acusações.
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