Ruralistas argentinos e governo mantêm impasse

A reunião entre representantes do governo da Argentina e do setor agropecuário do país, realizada na última sexta-feira (28), terminou sem um acordo. As negociações duraram cinco horas e a reunião terminou por volta da meia noite no horário local (1 hora da madrugada deste sábado no horário de Brasília), na Casa Rosada, sede da administração federal.

O governo propôs a liberação das exportações de trigo, "garantindo a manutenção do preço interno", e uma compensação para os custos de fretes para as regiões mais distantes, segundo a edição deste sábado do jornal local Clarín, que cita como fonte o chefe do Gabinete, Alberto Fernández. Além disso, o governo prometeu retomar as negociações na segunda-feira (31).

Os ruralistas querem que o governo suspenda por pelo menos 90 dias, o novo sistema de retenções, termo usado para o imposto de exportação, criado em 11 de março. No caso da soja, o imposto de exportação subiu de 25% em janeiro de 2007 para mais de 40%, podendo chegar a 50%, dependendo do valor internacional do produto. O governo de Cristina Kirchner defende que as retenções são necessárias para manter o equilíbrio dos preços internos e ajudar a distribuir a renda no país.

Os representantes do campo saíram insatisfeitos do encontro. "Não recebemos a resposta que esperávamos", disse Mario Llambías da Confederaciones Rurales Argentinas. Ele admitiu ainda que não estava resolvido se a entidade voltaria às mesas de negociação com o governo argentino. Na quinta-feira, os produtores agrícolas concordaram em suspender o locaute de 16 dias após um pedido direto da presidenta Cristina Kirchner. Mas afirmavam que a suspensão definitiva dependeria do resultado do encontro.

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