O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney venceu hoje as primárias em mais três Estados –Nova Jersey, Novo México e Dakota do Sul–, garantindo mais delegados para a disputa das eleições presidenciais contra o presidente democrata Barack Obama.

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Ainda não foram encerradas as votações na Califórnia e em Montana, que também escolhem entre Romney e o ex-senador Ron Paul. A expectativa é que o ex-governador receba todos os 264 delegados dos cinco Estados americanos, saindo de 1.266 para 1.530 representantes na Convenção Republicana, em julho na Flórida.

O candidato já superou o piso de 1.144 militantes do partido com poder de voto na convenção, o que o torna matematicamente o representante republicano na corrida à Casa Branca. O comando de campanha de Romney também está focado no combate ao presidente Obama, deixando as primárias em segundo plano.

De acordo com a emissora de televisão CNN, o ex-governador conseguiu 81% dos votos em Nova Jersey, 77% no Novo México e 67% na Dakota do Sul, superando o ex-senador Ron Paul, único remanescente na disputa das primárias, mas sem chance de indicação.

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Campanha

Romney era cotado como virtual candidato republicano à Presidência e começou a campanha contra Obama após a saída do ex-senador Rick Santorum, segundo colocado na disputa interna do partido, em 10 de abril. No dia 24 de abril, o ex-presidente da Câmara dos Representantes Newt Gingrich, terceiro, confirmou sua saída.

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Durante as primárias, o ex-governador foi duramente criticado por seus adversários, que o consideravam moderado, o que o obrigou a se manifestar sobre temas polêmicos, como o casamento gay e o sistema de saúde proposto pelos democratas, que implementou em Massachusetts.

Com a saída dos adversários, Romney pôde se dedicar ao ataque direto a Obama, focando na política econômica, ponto fraco do atual governo, e nas relações exteriores. O republicano ainda tenta ofensivas para conseguir votos de setores em que a representatividade dos democratas é maior, como os eleitores latinos.

No entanto, enfrentou críticas dos democratas em relação à fortuna que acumulou como investidor no mercado financeiro, especialmente por não ter revelado a declaração de imposto de renda.

O republicano também é questionado sobre a oposição a pacotes que garantiram investimentos e empregos em áreas como a indústria automobilística durante a crise econômica de 2009.