Os quatro pré-candidatos do Partido Republicano realizaram na noite desta segunda-feira um debate na cidade de Jacksonville, às vésperas de mais uma primária, dessa vez, marcada para 31 de janeiro, no Estado da Flórida, dentro do processo de escolha que deverá definir o candidato que enfrentará Barack Obama nas eleições de 6 de novembro. Além deste debate, haverá ainda um outro, na Flórida, nesta semana.
O pré-candidato Mitt Romney elevou o tom de suas críticas a Newt Gingrich, levando o ex-presidente da Câmara dos Representantes a responder que seu rival “estava desesperado”. Crescente nas pesquisas após a vitória de dois dígitos na primária da Carolina do Sul, na semana passada, Gingrich afirmou que seu opositor estava vendo sua vantagem desaparecer na Flórida. Mitt vencera a primária de New Hampshire e teve sua vitória em Iowa impugnada.
Romney também acusou Gingrich de ser um político volúvel, que muda de posição “feito uma bola em máquina de fliperama”, e também de fazer lobby em Washington. O ex-governador de Massachusetts desafiou Gingrich a devolver cerca de US$ 1,6 milhão em taxas de consultoria que ele ganhou da gigante do ramo de hipotecas Freddie Mac.
Uma nova pesquisa nacional divulgada nesta segunda-feira coloca Gingrich e o ex-governador de Massachusetts em um empate técnico, com o ex-senador da Pensilvânia Rick Santorum e o ex-senador do Texas Ron Paul ficando para trás.
Uma vez que estavam na Flórida, sede do exílio cubano, os quatro candidatos disseram que querem ver Cuba livre do regime castrista, porém, não explicaram claramente como fariam isso caso chegassem à presidência dos EUA. Romney acusou Obama de “assumir um caminho perigoso com Cuba ao flexibilizar as regras impostas à ilha”.
Santorum afirmou que é importante ao país manter relações com Cuba, mas que isso deveria ser feito somente após Fidel Castro e seu irmão abandonarem o poder. Ron Paul disse que “preferia ver o povo cubano alcançando sua própria liberdade, sem a intervenção dos norte-americanos”.
Romney afirmou ainda durante o debate que consideraria um “ato de guerra” caso o Irã fechasse o Estreito de Ormuz, rota importante para a saída do petróleo do Golfo Pérsico. As informações são da Associated Press.